sexta-feira, 17 de maio de 2013

A mente e a linha


Às vezes surpreendo-me com as coisas que uma mulher é capaz de ensaiar em pensamento, com as lógicas distorcidas que só nós somos capazes de tecer...do nada saem verdades absolutas que, valha-me Deus...

Estou na minha vidinha e, é quase sempre enquanto se desenrolam tarefas rotineiras que dispensam concentração, que da caixa-na-qual-nascem-coisas-que-tenho-que-hífenizar salta involuntariamente  um pensamento  que até a mim me assalta de surpresa. Exemplos?... bora lá:

1 – “Devo estar a ficar mais magra. O sensor da luz do átrio demorou tanto tempo a disparar que se calhar teve dificuldade em reparar em mim! Contei, foram 3 segundos, não é habitual.”

2 – Regra gastronómica: nunca levar à boca nada que seja cinzento. Cor mais estúpida para comer.

3 – Há uma lista de palavras e expressões que abomino e me fazem cá uma destas comichões mentais...É irracional, inexplicável, mexe tanto com o meu âmago que qualquer uma delas despoleta reações físicas.  Contorço-me com salero,  arrepio-me com ponto final, parágrafo, lacrimejo se à Apple insistem em chamar Eipal, e há mais mas não quero facilitar a vida a quem quiser chatear-me a cabeça...

4 – E a fantástica habilidade feminina para inventar palavras ou conceitos que simplesmente não estão grafados no dicionário? Também padeço...terrim – é cartilagem e adoro comê-la, ui o que me pelo por aquele pedacinho branco translúcido da carcaça do frango. (A bem da verdade tenho que dividir os créditos desta com a minha parceira de infância, a mana que ainda hoje recebe a metade mais pequena do dito quando nos juntamos em casa dos pais e para o repasto calha de ser servido galináceo.)


Em suma, não é uma questão de estarmos a aparvalhar, sermos cabecinhas no ar ou estarmos a perder capacidades. As grandes ideias, invenções e teorias nascem quando a mente divaga, é o limiar da inconsciência quando mesmo antes de cairmos no sono engendramos algo tão magnífico que só mesmo a lucidez (?) do dia a dia deita por terra.  É quando a mente anda por aí sozinha que nascem os sorrisos por impulso, aqueles que nos saem em público e que envergonhadamente tentamos engolir...

Já estabeleci novas resoluções: vou deixar-me divagar mais,  vou abstrair-me mais, vou bater recordes, bem, recorde: tenho que bater o sensor. Objetivo – até ao final da próxima semana evitar deteção no átrio durante 4 segundos! E estou prontinha para o verão, magríssima...fácil e resolvido.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Pontos (e vírgulas...) de vista


Sou fã incondicional de Eça, de Allende, de Marquez, de Greene, de uma lista enorme de povo que esgrime as letras. Mas há um amor que assumo mais intenso, íntimo e insano (os 3 com “i” no início por pura coincidência, que não creio que as haja…), um deslumbramento ao ler palavras suas por serem mais que discorrimento literário, porque pede de mim que esteja concentrada em si, no enredo, na história, nas personagens, nos cenários, nos cheiros e cores que cria…Saramago!

Ausência de pontuação é um plus, defendo isto com todas as garras, argumento e discuto com quem comigo se cruzar. Bebo linha a linha, parágrafo a parágrafo, entendo, interpreto e construo.

Quem o lê tem que estar ali, deixar-se absorver…Admiro quem “elastica” morfologia, sintaxe, métrica…gosto de quem brinca com estas coisas. E hoje, hoje em dia chuvoso, apetece-me brincar cá dentro, de casa e das palavras.

Proponho 2 cenários (perdoem-me o amadorismo de uma pseudo) para um mesmo texto, palavra a palavra que pontuados, cada um de sua forma, são outra coisa completamente diferente.

Cenário 1
Uma mulher presta declarações numa esquadra. Fala com o Inspetor e termina divagando nos pensamentos evocando o objeto do seu afeto.
Que homem lindo, Sr. Inspetor!
Nunca soube o que era o amor até hoje!
Parece-me que sempre fui capaz de tudo incluindo matar…
Se tenho saudades? Tenho. Desses tempos de ingenuidade em que tudo era claro.
Agora percebo onde andava. Andava, sim andava num estado de dormência, na penumbra, não era feliz…
Agora sim, sei-o eu, matou-se o desejo. Por agora fico onde estou, contigo, presente…
Cenário 2
Um Inspetor roça o limite da sanidade mental após um acontecimento dramático. Foi presente a uma Inspetora-Chefe mas não está numa esquadra…
"- Que homem! Lindo, Sr. Inspetor! Nunca soube o que era o amor?
- Até hoje parece-me que sempre fui capaz de tudo.
- Incluindo matar-se?
- Tenho saudades, tenho…desses tempos de ingenuidade em que tudo era…
- Claro! Agora percebo onde andava…!
- Andava?!
- Andava, sim! Andava num estado de dormência, na penumbra.
- Não…
- Era feliz?
- Agora, sim…
- Sei-o eu! Matou-se! O desejo…
- Por agora fico…onde estou? Contigo?!
- Presente!"

(Nota, para que se entenda a conclusão desta história: Importa informar que o Inspetor faleceu por vontade própria, consumou portanto. Este estar “presente” é de facto já perante uma comissão de inquérito…no Purgatório.)
- Trechos Nocturne in C minor Op.48 de Chopin -

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Neste Natal há sempre quem esteja pior


Queixamo-nos de tudo, a todo o momento, aos amigos, aos conhecidos, de viva voz, através das redes sociais, em família, raios, por vezes até nos queixamos a nós próprios…!

Mas hoje “perdi” algum tempo a pensar naqueles que realmente têm razões para a autocomiseração. Acompanhem-me nesta linha de pensamento:

Pobres daqueles que por infortúnio ou distração se viram por estes dias forçados a um internamento num hospital. Já de si é triste o internamento durante a quadra natalícia mas mau, mau, é para os desgraçados que ainda por cima levam com 1534 horas de “Natal dos Hospitais” quer seja pela televisão ou porque calamidade das calamidades estão no hospital que recebe a transmissão e por estarem imobilizados foram levados nas cadeirinhas de rodas para perto do palco onde atua Marco Paulo ou pior ainda a Ana Malhoa, ou ainda pior a filha desta a esfregar o lollipop malicioso e inapropriado. Pobres pacientes que nos seus quartos não chegam ao comando para mudarem aquela porra!

Mal-aventurados os que querem viver uma experiência inesquecível como, digamos…hum…saltar de paraquedas e compram o pacote para depois, por este ou aquele motivo, terem que ir adiando e às tantas repararam que o voucher era da “Vida é bela”!

Piedade por todos os que descobriram antes do Natal ou da Páscoa que são diabéticos ou hipertensos.

E o que dizer do idiota que resolveu que oferecer raspadinhas aos amigos no jantar de Natal da empresa seria uma magnífica e original prenda e descobre que um deles não voltou a aparecer no escritório.

O meu coração está indubitavelmente com todas as crianças a quem caíram os dentes da frente por todas as razões do Mundo…

Meu Deus!...e querer comer gomas ácidas e gelado de limão e ter aftas!

Ter na memória a vontade de querer ver “Os três duques” em vez d’ ”O verão azul” e ainda não ter telefone em casa (esta é só para quem nasceu antes de 1980…)!

Que dizer daquele que atendendo a um velório aguenta os gases até que alguém carpa. – (que atire uma pedra quem nunca recorreu ao escatológico para fazer valer um ponto de vista!)

Posto isto, pense na satisfação de saber que neste momento, enquanto lê estas linhas, ou escuta as palavras escritas, há fortes probabilidades de alguém, na sua lista de pessoas de quem gosta muito pouco, poder entalar um pé e ir parar às urgências…isso seria sobremaneira kármico!

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Acordes mentais

Alguém muito próximo de mim disse há tempos que gostava de passar uns dias, de vez em quando, dentro da minha cabeça…”onde há animaizinhos a dançar ao som de música”. Isto é semi-verdade: não há cá piolhos, lêndeas ou qualquer outra espécie de bicheza, cruz canhoto! há música mesmo.

Não quero passar a ideia de desequilíbrio químico mas dou por mim a trautear, a bater com o pézinho ou com o dedo ao som de músicas que a caixa de massa cinzenta vai produzindo para mim, em estéreo! São bandas sonoras que tornam o dia a dia aprazível. E agora…que género de músicas? Pop, rock, indie, trash, clássica…? Nã…o que havia de ser? Jingles e músicas de spots publicitários, claro!

Não resisto.É mais forte que eu, não posso fugir, estão cravadas a ferro e hei de encontrar os culpados de cada um dos temas que me atormentam! Decidi que está na hora de exorcizar alguns e “escrevê-los” e “locutá-los” pareceu-me boa ideia. Vou experimentar e logo se vê…

Cá vai. Todos a bordo do memory lane publicitário! Paragens em todos os apeadeiros das décadas de ’80 e ’90. Há duas categorias que importa classificar: as músicas, que têm letras longas e elaboradas (um tipo de publicidade que se usava muito até meados dos anos ’80, hoje acho que há quem tenha medo de arriscar) e os jingles que às vezes eram apenas uma frase entoada que colava que nem carraça.

Agora é hora de dividir convosco o fardo que tenho que carregar e plantar nessas cabeças a semente do trá-lá-lá para, dividindo os males, conquistar sanidade! (Estou a brincar, mas depois não digam que não avisei! Vai entranhar.)

Spots com música:

“Libbis Libbis, sumos Libbis
Nectár Libbis é prazer
Libbis Libbis, sumos Libbis
100% fruta Libbis
Está na hora, está na hora De Libbis beber”

“Feno de Portugal Aroma da Natureza…”

“…um Cornetto pra mim, Um Cornetto pra ti,
Olá, Olá E a vida sorri…”

“Um Bongo, um Bongo O bom sabor da selva!
Em cada pacotinho uma festa de 8 frutos:
Ananás, alperce e manga,
laranja, maçã, goiaba
banana, maracujá
Imagina o que isto dá!

O leopardo bebeu, e até as pintas perdeu,
Este aqui ficou assim, pois bebeu e não parou.
O crocodilo pôs-se a rir e nunca mais parou
Vem daí entra na festa que ainda agora começou!”

“Diga Bom dia com Mokambo, Mokambo, Mokambo
O gosto bom, bom, bom, bom, bom.
Mokambo, Mokambo! N
a na na nana, na na na nana
Mokambo, Mokambo”

“O Boca Doce é bom, é bom, é
Diz o avô e diz o bebé
O Boca Doce é bom, é bom, é”

“No Natal o meu presente
Eu quero que seja:
A Minha Agenda, A Minha Agenda
Na na na nana!”

“Cevada, chicória e centeio,
É a sua composição.
Brasa é a bebida que aquece o coração
Brasa é a bebida que aquece o coração.”

“Só nós dois é que sabemos
O que é esfregar na gordura
Só nós dois é que sofremos
Tantos germes que tortura!

Andem, abracem-me, beijem-me
Domestos 3 é diferente!
Limpo mais que uma lixívia,
Sou lixívia-detergente.

Desinfeto mais a fundo
Limpo tudo facilmente
Sou higiene no Mundo
Dou frescura a tanta gente!”

E agora as catch-phrases, também elas cantadas, que não desgrudam da memória:

“Guloso, esse gostinho apetitoso que ela usa na cozinha!”

“Dum-Dum é o fim!”

“Chiclets Adams”

“Primeiro a tremer para baixo, depois a tremer para cima: Callipo, Callipo!” (esta tinha música mas não colou em mim, só restou isto no baú)

“Alex! Sumol laranja!”

Tchi…já chega por hoje e visto este ser um post duo (vou publicá-lo já com locução) não me alongo. Mas não faltam recordações. E a bicheza na minha cabeça ficou agora satisfeita e consolada. São feras que gosto de alimentar, todos os dias. Hajam vistinhas para os intervalos! E com esta, que por estes dias voltou à carga, me despeço…


segunda-feira, 16 de julho de 2012

...em suspenso...


Anos, anos antes do Matrix, um dos meus (inúmeros) sonhos recorrentes era o salto em slow motion e em altura. Não era sobre voar, era sobre pular mas em câmara lenta. Só ouvia o stomp que os meus pés faziam ao bater no chão e depois o vuuuush do ar deslocado por mim a escorrer pelos ouvidos. Nunca falava com ninguém nem via nada de especial a acontecer que me impelisse para a fuga. Era só fechar os olhos, adormecer, e….vuuuush. O sonho era “apenas” isso: parava num cenário, levava o meu tempo a ver o que me interessasse e seguia para outro cenário, era isso: sem conversas, nem perceções de estados de alma, sem visões iluminadas, sem conclusões nirvanianas…

Na literatura - vastíssima - que se debruça sobre a interpretação de sonhos (fiz questão de consultar algumas publicações, sempre cética em relação a tanta coisa gosto de manter-me informada, no lo credo, pero…) diz-se que podemos imputar este tipo de sonhos a estados de ansiedade. Puf, nada disso, pelo menos comigo…ou será uma forma inteligente de inconscientemente lidarmos com isso e depois acharmos que resolvemos mesmo bem as etapas da nossa vida?! Adiante…

A ansiedade é uma coisa muito mostrenga. Para umas coisas insinua-se com acelerações de batimentos cardíacos, estoura nos ouvidos e atira-nos para as situações quer queiramos quer não e logo se vê… Noutras ocasiões assombra o subconsciente e já não lidamos tão fisicamente com ela, sonhamos e a psique que resolva… e casos há em que a sentimos segundo a segundo sem parar e sem passar…não passa…uma notícia (má) que nos chega de uma forma que não nos permite lidar com ela na hora, despoleta o estado de ansiedade -  alguém que sofre longe de mim, que quero abraçar e não consigo por estar fisicamente longe, começa a apertar-me lentamente as têmporas. O abraço fica adiado, por força das circunstâncias, adiado para daqui a pouco tempo mas mesmo assim o tempo urge e a ansiedade que não passa…as ansiedades não são de todo iguais, esta é dor incessante, é incessante porque nos deixa funcionar e até interagir, produzir e socializar, amar…mas está com os dentes férreos cravados na carne, é carraça e suga. Deixa-nos como os heróis nos jogos de plataformas: andamos mas vamos vendo o “stamina” a descer…

Vuuuush…fecho os olhos e, num pulo estarei aí…esta ansiedade, só a aplacarei num abraço apertado a sentir o teu coração bater encostado ao meu e, aí o pulsar das têmporas dar-me-á tréguas…

(dedico estes pensamentos à minha Amiga L)

terça-feira, 3 de julho de 2012

Tempo da Vaca Santa (-ignorância)


Anda tudo em alvoroço, os “indignados” na rua, os incrédulos na ponta de um microfone, o povo todo surpreendido com o que se “oferece” como retribuição por serviço prestado ou o infindável rol de tarefas que se espera que o outro seja capaz de desempenhar a troco de pouco mais que o salário mínimo…Uma breve passagem de olhos pelos jornais ou uma visita a alguns sites de emprego bastam para a teoria ser facto.

Enquanto país futebolisticamente orgulhoso e de punho cerrado batendo no peito somos grandes, agora no que toca a defendermos a nossa dignidade somos minúsculos.
O aumento dos bens podia ser “um bocadinho menos...assim 5%. Os 7% é assim, muito…”. Dizem-nos que podemos vir a sofrer cortes de 100 euros, aumentos de 10% e dias depois os cortes afinal são de 70 euros e os aumentos de 7% e então aliviadinhos dizemos “Ufa, podia ter sido pior!” (?!), como “pior”? Será que não passa pelas cabeças destas criaturas que o plano está de antemão traçado? Que era ridículo avançar-se com valores para dias depois serem corrigidos? Não é exequível num planeamento orçamental atirar-se um número ou valor percentual para na mesma semana (e já perto do fim de semana para ajudar ao descanso e à absorção de informação) ser feito um “ah afinal não será tanto”. A estratégia funciona sempre. Achamos sempre que há alguém que realmente se preocupa e conformados enterramo-nos um pouco mais no sofá da quietude e subserviência. Comemos e calamos, ligamos e desligamos na hora de sair de casa e regressar, switch on: tarefas cumpridas, switch off: empacotamento televisivo, chichi e cama, no in between, até se ouvem os grilos a cri-cricar!

No tempo das vacas que-deviam-ter-espelhos-daqueles-que-distorcem-pois-achavam-se-gordas-e-via-se-que-aquilo-era-chão-que-ia-dar-em-magreza, era o florescer de cursos privados para profissões que iam oferecer mais que a procura. Ganâncias que se esqueceram de criar um grupo sindicalizado forte e acabaram por entregar os seus profissionais às mãos de empresas que gerem os tetos salariais e agora, a título de exemplo, temos enfermeiros que depois de um curso muitíssimo exigente têm que “contentar-se” com pouco mais de €300/mês. Podem não calar-se (vêm aí os protestos e ações de rua) mas vão comer porque são muitos, não se preveniram como os médicos (que mantiveram o limite de vagas e viraram a cara ao privado) e agora têm empresas externas a lapidar salários. É o desbarato à pior oferta.

Mas agora, a sério: vou juntar os 3% de diferença que “ganhei” com a correção e passar da meia ao collant a ver se o meu pé fica decente.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Vendam que eu compro


Não quero, nunca quis, fugir dela. 

Sou adulta, consciente dos meus quereres, não aceito nada impingido, não me iludo, tento não me deixar enganar, sou desconfiada por natureza e ávida por defeito.  

“Ela” é a publicidade e desde que me conheço como gente sou viciada nela… Entranha-se-me desde nova, devoro-a, sei-a aos primeiros acordes de um jingle, aos primeiros flashes de uma imagem…em casa, sabem que quando começam os intervalos vidro no ecrã. Já amuei, inconscientemente (ou talvez, não) quando se mudou para outro canal a meio de um novo anúncio.  Comento, perante caras que permanecem pasmadas não entendendo a relevância do assunto, o conteúdo, a forma, a escolha musical, os planos, os sons e sensações de determinado spot.

Sei que já disse que não me deixo levar por mensagens subliminares mas há coisas do demo…um spot nacional a água com gás deixa-me sedentíssima e não raras vezes tenho mesmo que ir beber água (não necessariamente com gás)!

Quando era miúda achava que os glutões eram o apogeu do profissionalismo e dedicação à limpeza, a Planta tinha anúncios giros mas não me sabia nada bem, blac! Tulicreme, idem (era fã da Nucrema *suspiro guloso de quem se lambuzava à colher*), as Bic ficavam super bem na Tv mas não me “arredondavam” tanto a caligrafia quanto as Molin que tinham umas risquinhas onde os dedos repousavam e ajudavam à firmeza imprescindível de quem apertava a pena com tanta força pelo medo de sair da linha e divagar feita andorinha – tanta reguada e férias passadas com a testa nos “de duas linhas”…

A publicidade…nhami nahmi para mim. Escrita, desenhada, animada. Hei de voltar a ela, por aqui…faz parte do que conheço de moi-même.