sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Neste Natal há sempre quem esteja pior


Queixamo-nos de tudo, a todo o momento, aos amigos, aos conhecidos, de viva voz, através das redes sociais, em família, raios, por vezes até nos queixamos a nós próprios…!

Mas hoje “perdi” algum tempo a pensar naqueles que realmente têm razões para a autocomiseração. Acompanhem-me nesta linha de pensamento:

Pobres daqueles que por infortúnio ou distração se viram por estes dias forçados a um internamento num hospital. Já de si é triste o internamento durante a quadra natalícia mas mau, mau, é para os desgraçados que ainda por cima levam com 1534 horas de “Natal dos Hospitais” quer seja pela televisão ou porque calamidade das calamidades estão no hospital que recebe a transmissão e por estarem imobilizados foram levados nas cadeirinhas de rodas para perto do palco onde atua Marco Paulo ou pior ainda a Ana Malhoa, ou ainda pior a filha desta a esfregar o lollipop malicioso e inapropriado. Pobres pacientes que nos seus quartos não chegam ao comando para mudarem aquela porra!

Mal-aventurados os que querem viver uma experiência inesquecível como, digamos…hum…saltar de paraquedas e compram o pacote para depois, por este ou aquele motivo, terem que ir adiando e às tantas repararam que o voucher era da “Vida é bela”!

Piedade por todos os que descobriram antes do Natal ou da Páscoa que são diabéticos ou hipertensos.

E o que dizer do idiota que resolveu que oferecer raspadinhas aos amigos no jantar de Natal da empresa seria uma magnífica e original prenda e descobre que um deles não voltou a aparecer no escritório.

O meu coração está indubitavelmente com todas as crianças a quem caíram os dentes da frente por todas as razões do Mundo…

Meu Deus!...e querer comer gomas ácidas e gelado de limão e ter aftas!

Ter na memória a vontade de querer ver “Os três duques” em vez d’ ”O verão azul” e ainda não ter telefone em casa (esta é só para quem nasceu antes de 1980…)!

Que dizer daquele que atendendo a um velório aguenta os gases até que alguém carpa. – (que atire uma pedra quem nunca recorreu ao escatológico para fazer valer um ponto de vista!)

Posto isto, pense na satisfação de saber que neste momento, enquanto lê estas linhas, ou escuta as palavras escritas, há fortes probabilidades de alguém, na sua lista de pessoas de quem gosta muito pouco, poder entalar um pé e ir parar às urgências…isso seria sobremaneira kármico!

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